sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Fariseu ou Publicano!!!

Fariseu ou Publicano: quem é você ao orar?

(Lucas 18:9-14)

Quando consideramos o fariseu, vemos uma atitude orgulhosa quando ele se aproxima de Deus. Essa atitude era demonstrada de dois modos diferentes.

O fariseu demonstrava sua atitude orgulhosa primeiro de tudo pela sua postura. Ele estava em pé. Sem dúvida, tinha olhado rapidamente ao redor de si para ter certeza de que alguém estava perto para ouvir como ele era sábio e eloquente. Não somente estava de pé, mas, como Jesus o descreve: "orava de si para si mesmo". Ele estava mais preocupado em asseverar suas virtudes, e com aqueles que o ouviam, do que falar com Deus.

Esta atitude era também demonstrada pela própria oração que fez. Não havia demonstração de reverência a Deus. Não havia manifestação de humildade. Não havia reconhecimento de sua posição em relação com Àquele a quem estava se dirigindo. Não havia petição. A única coisa que vemos na oração do fariseu era uma apresentação convencida, orgulhosa, de suas virtudes em relação comparativa para com outros. No fariseu vemos o sentimento de que Deus tinha que ouvi-lo e aceitá-lo pelo que ele era e pelo seus humanos méritos. Sua oração era uma medonha e flagrante demonstração de hipocrisia.

O coletor de impostos (Publicano)

Voltando-nos para o coletor de impostos, contudo, vemos uma atitude de humildade. Como acontecia com o fariseu, sua atitude também era demonstrada de dois modos diferentes.

A postura do coletor de impostos revelava vividamente sua atitude. Ele estava em pé afastado, assim se retirando da multidão. Não havia desejo de ser ouvido por ninguém além de Deus. O coletor de impostos nem sequer levantava os olhos para o céu. Sua percepção de Deus e de sua relação com Ele não lhe permitiria levantar seus olhos, mas antes o induz a reclinar a cabeça. Enquanto estava longe da multidão, cabeça abaixada para o chão, ele batia em seu peito e orava: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador!".

Esta oração curta, simples, precisa, sem efeitos retóricos requintados, feita por este coletor de impostos pecador, continha todos os ingredientes necessários para ser ouvida por Deus. Nesta sentença há um reconhecimento da misericórdia de Deus, um conhecimento do pecado, uma consciência de que sem o perdão misericordioso de um Pai Celestial, este modesto coletor de impostos se acharia sem esperança. Eram estas as considerações que o levaram a baixar sua cabeça, bater em seu peito e humilhar-se sob a poderosa mão de Deus.

Resultados

Ao considerarmos o contraste nas atitudes destes dois homens, é importante olhar para os resultados de suas duas orações.

O fariseu saiu sentindo-se justificado. Ele tinha acabado de falar com Deus. Ele se impressionou e, sem dúvida, a outros também, que tinham ouvido sua recitação hipócrita de valores pessoais. Ele tinha cumprido sua responsabilidade religiosa e, em sua mente limitada, tinha-a cumprido muito bem. Iludido por sua própria vaidade, nem se deu conta de que foi embora vazio, tal como ali chegara anteriormente.

O coletor de impostos, por outro lado, saiu justificado por Deus, porque se humilhou. Ele saiu justificado porque possuía a chave do oferecimento de uma oração que é aceitável por Deus. Ele demonstrava as qualidades da verdadeira grandeza no reino do céu, como é descrita em Mateus 20:26-28. " Quem quiser ser o primeiro entre vos será vosso servo". Este homem desceu à sua casa justificado porque percebia que todo aquele que se humilhar diante de Deus, será exaltado (Mateus 23:12).

A aplicação é clara. Quando consideramos nossas próprias virtudes ou almejamos o aplauso dos homens na oração, estamos incorporando a plenitude do espírito farisaico. Importante ressaltar, que isso não se aplica apenas a um momento específico como o narrado pela parábola, mas também no autêntico festival de exaltação ao homem, que se tornaram comuns em muitas pregações e testemunhos que são dados em nossas igrejas. O sentimento de um fariseu, que deseja status de religiosidade é algo muito mais presente do que imaginamos em nossos dias.

Já o publicano, mesmo sendo pecador, foi capaz de admitir e confessar: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador"?

Quando entendemos a grande diferença que existe entre sinceridade e religiosidade, não temos dificuldade em compreender porque Jesus disse que meretrizes chegarão mais facilmente os céus do que muitos “mestres religiosos”.

Que Deus nos abençoe e faça essa Palavra redundar em benção na extensão de nossas consciências!

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